"QUEM ENSINA MOSTRA QUE É POSSÍVEL...QUEM APRENDE TORNA POSSÍVEL PARA SÍ"




"QUEM ENSINA MOSTRA QUE É POSSÍVEL...QUEM APRENDE TORNA POSSÍVEL PARA SÍ"


Centro de estudos, onde aprendemos a luz da sagrada AYAHUASCA, que todos os caminhos trazem consigo a experiência necessária para chegarmos a DEUS,
Que "é" a verdade suprema e o amor supremo, só não descobre quem não percorrer.

MESTRE GABRIEL - UNIÃO DO VEGETAL

          José Gabriel da Costa (Coração de Maria-BA, 10 de fevereiro de 1922 – Brasília, 24 de setembro de 1971), mais conhecido como Mestre Gabriel, é o fundador da União do Vegetal, religião de origem amazônica que usa no seu ritual o chá Hoasca (ayahuasca), também chamado de Vegetal.
Foi seringueiro, “soldado da borracha”. Em 1959, quando trabalhava nos seringais do Acre, na fronteira entre o Brasil e a Bolívia, entrou em contato com o chá Hoasca. Lá, começou a distribuir o chá, formando os seus primeiros discípulos. Em 22 de julho de 1961, ainda dentro da floresta, declarou a criação da União do Vegetal, religião que tem como símbolo a Luz, a Paz e o Amor
José Gabriel da Costa, oitavo dos 14 filhos de Manuel Gabriel da Costa e de Prima Feliciana da Costa, nasceu em 10 de fevereiro de 1922 no Estado da Bahia, numa fazenda do município deCoração de Maria, próximo à cidade de Feira de Santana. Conta-se que quando menino, diferenciava-se dos irmãos por sua inteligência, agilidade e sabedoria. Com cerca de 20 anos, foi morar em Salvador, onde trabalhou no comércio e, depois, como condutor de bonde.
Por volta de 1944, época da 2ª Guerra Mundial, José Gabriel alistou-se para trabalhar nos seringais da Amazônia, na extração de látex para fabricação da borracha. O Brasil havia ingressado no bloco aliado antinazista, e José Gabriel escolheu servir como “soldado da borracha” no Território do Guaporé, hoje Estado de Rondônia
De 1944 a 1946, morou nos seringais. De volta a Porto Velho, trabalhou na construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e, depois, no Hospital São José como auxiliar de enfermagem. Lá conheceu Raimunda Ferreira da Costa, a "Pequenina", com quem casou-se em 1947.
De 1950 a 1958, trabalhava alternadamente nos seringais e na cidade de Porto Velho, sempre acompanhado da família. Em 1959, decidiu permanecer nos seringais. No dia 1º de abril teve o primeiro contato com o chá Hoasca, acontecimento marcante em sua biografia.
Nos seringais, a data de 1º de abril era considerada feriado, e neste dia foi marcada uma distribuição do chá por um homem de nome Chico Lourenço. Assim como Chico Lourenço, outros seringueiros distribuíam o chá na floresta, cada um seguindo seu próprio ritual.
Segundo afirmam seus discípulos, quando José Gabriel bebeu o chá pela primeira vez, logo reconheceu sua missão espiritual. A partir daí ele próprio começou a distribuir o Vegetal, nome com o qual o chá Hoasca passou a ser denonimado.
Seguiu distribuindo o Vegetal e trazendo sua doutrina às pessoas até que, numa sessão realizada no dia 22 de julho de 1961, Mestre Gabriel declarou que estava criada a União do Vegetal, com o objetivo de trabalhar pela paz na Terra. A data passou então a ser comemorada como o aniversário de fundação da instituição, hoje denominada Centro Espírita Beneficente União do Vegetal.

     O Mestre Gabriel antes da UDV já foi o “Sultão da Matas” dentro da Umbanda. Ele auxiliava às pessoas com orientações e dizia que só não conseguia doutrinar na umbanda por causa do tabaco e da bebida. Existem casos contados pelos antigos que relatam fatos desta época de vida do Mestre como o seguinte: em um determinado trabalho realizado pelo Mestre como Sultão das Matas foi feito no terreiro uma grande fogueira. Iniciados os trabalhos o Mestre cantou a seguinte canção: “Sou rei superior a tudo, no mundo do pecador, o fogo que te queima, a mim nunca me queimou (e entrou na fogueira), e a água que te molha, a mim nunca me molhou (sai da fogueira e jogaram um balde d água sobre ele). Além dele não se queimar na fogueira, a água jogada sobre ele espalhou-se ao seu redor sem molhá-lo”. Esta cena foi presenciada por algumas pessoas ainda vivas em Porto Velho. Além disso, o Mestre, enquanto Sultão das Matas, auxiliava os moradores da floresta que estavam com panema (dificuldade para encontrar caça para sua sobrevivência e de sua família) benzendo os mesmos. Algumas chamadas da UDV tais como a Senhora Santana, originalmente eram cantos que ele utilizava e  que o Mestre corrigiu algumas passagens para que pudessem ser trazidas nas sessões da UDV. Ningeum sabe se são apenas contos ou realidade, só sabe quem viu...